segunda-feira, 10 de maio de 2010

Como funcionará a computação em nuvem Apple-Google

Em seu novo livro, "The Big Switch: Rewiring the World, from Edison to Google" (A grande virada: reconectando o mundo de Edison ao Google), o especialista em computadores e ex-editor executivo da Harvard Business Review, Nicholas Carr, discute as mudanças que ele prevê para o futuro da computação.

Uma das alterações mais dramáticas será a transição para o conceito de computação em nuvem - sob o qual os aplicativos e arquivos ficariam armazenados em um imenso supercomputador ou rede central e os usuários obteriam acesso aos seus arquivos usando computadores mais enxutos e menos sofisticados do que as máquinas atuais.

Em 17 de outubro de 2007, Carr levou a idéia um passo adiante, em um post em seu blog na Rough Type. Ele apontou para duas das mais quentes empresas de tecnologia, Google e Apple, e afirmou que elas estão à beira de uma parceria sob a qual a Apple produziria um hardware barato que usuários poderiam carregar consigo, e que o aparelho ganharia acesso ao poder de computação das vastas centrais de processamento de dados que o Google vem construindo para hospedar aplicativos e dados para milhões de usuários.
A idéia de computação em nuvem certamente não é novidade. Larry Ellison, da Oracle, lançou a New Internet Computer (NIC), em 2000, para estimular o avanço da indústria nessa direção. O conceito é bastante simples: em sua mesa, você teria um computador de custo muito baixo, com apenas processador, teclado e monitor. Não haveria disco rígido ou drive de CD/DVD. A máquina estaria conectada à internet e teria acesso a um supercomputador central, que hospedaria todos os seus programas e arquivos. No entanto, a idéia era prematura. As vendas da NIC foram muito baixas, provavelmente devido à escassez de banda disponível nos Estados Unidos [fonte: PC World (em inglês)]. A empresa fechou as portas em 2003.
Mas por volta de 2006, quase 75% dos domicílios norte-americanos dispunham de acesso doméstico em banda larga [fonte: Neilsen/Netratings (em inglês)]. Será que uma parceria entre Google e Apple poderia tornar a computação em nuvem um fenômeno generalizado? E, caso a idéia avance, o que Apple e Google teriam a ganhar com ela? A maior questão de todas: caso um computador desse tipo seja construído, alguém vai querer usá-lo?

Um googlilhão de potência

Um googol representa o número um seguido por 100 zeros. O nome do Google deriva do desejo de seus fundadores de manter um registro sobre o imenso volume de informações disponíveis na Internet [fonte: Google (em inglês)]. À medida que a empresa crescia, ela começou a oferecer mais serviços do que simples buscas na Web. Por meio de inovações desenvolvidas internamente e aquisições de outras companhias, o Google criou o que hoje conhecemos como Google Docs, um pacote de aplicativos disponíveis via Web (em inglês) que inclui processador de texto, programa de planilhas e programa de apresentações. Com o Gmail, isso coloca o Google em concorrência direta contra a Microsoft. E, ao contrário do Office, o Google Docs tem custo zero.
Os serviços hospedados são a espécie de aplicativo que poderia ocupar posição central em um sistema de computação em nuvem, o que representa apenas uma das razões para que seja perfeitamente viável que o Google representasse o parceiro perfeito de infra-estrutura em uma aliança com um produtor de hardware. A máquina do Google, na verdade uma rede de máquinas, oferece impressionante poder de computação e também capacidade de reserva.

O Google já armazena backups múltiplos de informações em seus equipamentos e, se uma parte da máquina apresenta defeitos, pode ser substituída por outra sem quaisquer perdas de informação [fonte: Baker (em inglês)]. Usar um computador em nuvem hospedado na imensa infra-estrutura do Google libertaria o usuário da necessidade de levar arquivos com ele - nada de pen drives, discos rígidos de laptops, CDs, DVDs e outras formas removíveis de mídia. O usuário poderia trabalhar em um projeto de casa, do escritório ou em um aparelho portátil, enquanto estivesse em movimento.
Com um computador em nuvem, o usuário provavelmente não pagaria por software. Usando aplicativos hospedados no servidor, a máquina local teria todo o software (em inglês) de que precisaria para trabalhar, sem precisar armazená-lo localmente. Não seria preciso atualizar o software quando surgem as novas versões - e todos os participantes da nuvem usariam o mesmo software, o que evitaria problemas de compatibilidade.
Mas o que isso representaria para os homens de negócios que precisam viajar a trabalho? Um computador em nuvem requereria conexão com a Internet e os aviões atuais não oferecem essa capacidade, ainda que existam linhas aéreas que planejam oferecê-la. A pessoa seria obrigada a passar o tempo lendo ou assistindo ao filme exibido durante o vôo. O usuário também teria de confiar ao Google, ou a qualquer outro provedor, a guarda de seus documentos. Muitas empresas não permitem que seus documentos internos sejam utilizados por pessoas do lado de fora de seus firewalls. Será que elas mudariam de idéia se a maioria dos negócios fossem conduzidos sob um modelo de computação em nuvem?
Google computing center in The Dalles, Ore.
Craig Mitchelldyer/Getty Images
Em 2006, o Google construiu dois imensos centros de computação em The Dalles, Oregon. Cada um tem o tamanho de um campo de futebol, e um sistema de refrigeração imenso é necessário para proteger os computadores instalados.
Um dos grandes problemas gerados pela criação de um computador em nuvem seria o volume de eletricidade requerido para fazê-lo funcionar. O Google construiu seu centro de dados em The Dalles, Oregon, devido ao acesso de alta velocidade à Internet propiciado por linhas de fibra óptica e devido à proximidade da represa Dalles [fonte: Gilder (em inglês)]. O Google precisa de muita eletricidade para acionar o equipamento de refrigeração necessário para manter em funcionamento milhares de servidores. Os dois edifícios do tamanho de um campo de futebol abrigam, cada um, uma central de refrigeração de quatro andares de altura [fonte: Markoff and Hansell].
Caso o Google ainda não seja capaz de oferecer o poder de processamento necessário para acionar um sistema mundial de computação em nuvem, é certo que está a caminho de adquirir essa capacidade. Mas por que a empresa formaria uma parceria com a Apple para fornecer hardware ao usuário final? Na próxima seção, a opinião de Carr e a opinião de alguns críticos.

Por que Google e Apple?

The Apple iPhone
Courtesy Apple
Com o sucesso do iPhone, a Apple se tornou a queridinha do setor de telefonia móvel. Carr acredita que a empresa possa aplicar sua capacidade de design à criação de um aparelho popular e barato para computação em nuvem.
Por que Carr e outros acreditam que o Google esteja tão interessado em criar uma rede (em inglês) de computação em nuvem para as massas? A idéia não é difícil de desenvolver. O Google se tornou uma das maiores empresas de computação do mundo e, com certeza, interessa-se por novas idéias e novas oportunidades de negócios.
O presidente do Google, Eric Schmidt, tornou-se integrante do conselho da Apple em agosto de 2006. Quando questionado sobre a idéia de uma parceria com a Apple, em entrevista à revista Wired, em dezembro de 2007, ele respondeu com franqueza: "O modelo de arquitetura do Google, que gira em torno da banda larga, serviços e assim por diante, e funciona muito bem com os poderosos aparelhos e serviços que a Apple vem desenvolvendo. Somos o perfeito fornecedor de infra-estrutura para os problemas que eles desejam resolver" [fonte: Vogelstein (em inglês)].
De acordo com Carr, a Apple não dispõe de poder de supercomputação da ordem requerida para cuidar do aspecto de infra-estrutura da parceria. Não existem muitas organizações que o tenham. Apenas Google, Microsoft, Yahoo, IBM e Amazon teriam essa capacidade, diz Prabhakar Raghavan, diretor de pesquisa do Yahoo [fonte: Baker]. Google e Apple são parceiros há anos. Caso a Microsoft obtenha sucesso em sua oferta de aquisição do Yahoo anunciada em 1° de fevereiro de 2008, a combinação entre as duas empresas poderia bancar um sistema sofisticado de computação em nuvem.
Se Google e Apple formarem uma aliança para essa espécie de empreitada, eis o que Carr imagina para o seu computador em nuvem.
  • Baixo custo: a máquina que o usuário adquiriria custaria menos de US$ 200 e não haveria custo para os aplicativos ou pela transferência de dados.
  • Ecológico: com um chip de baixo consumo de energia e memória flash, um cliente enxuto - ou computador de rede - da Apple não utilizaria disco rígido ou drive de mídia óptica, o que consome muita energia.
  • Fácil manutenção: a ausência de disco rígido ou de drive óptico significaria menos partes móveis, o que aumentaria a durabilidade do aparelho.
  • Fácil atualização: o usuário não precisaria se preocupar com a atualização de software, já que o sistema cuidaria disso. E a máquina poderia ser usada até a hora de jogá-la fora [fonte: Carr].
Em um acordo como esse, diz Carr, a Apple venderia o hardware e o Google subsidiaria o custo de fornecer os servidores por meio de publicidade, da mesma maneira que o faz nos outros negócios em que opera. Schmidt disse que o Google ofereceria o máximo possível de serviços gratuitamente, ainda que a empresa acredite que os usuários mais avançados possam ser convencidos a pagar por acesso a recursos superiores.
Robert Cringely, um conhecido repórter e colunista de tecnologia, concorda com Carr quanto à possibilidade de uma parceria entre Google e Apple para computação em nuvem, mas também acredita que o negócio seria menos simples do que Carr descreve. Em vez disso, a personalidade de Steve Jobs, o lendário co-fundador e presidente da Apple, poderia servir como fonte de irritação a Schmidt e o Google. "Schmidt (e Carr) vêem a situação do aspecto de a Apple não dispor de um supercomputador, mas Jobs acredita com igual firmeza que o Google não sabe operar o supercomputador de que dispõe, e além disso ele poderia alugar um supercomputador sempre que precisasse dele. Em resumo, é isso" [fonte: Cringely (em inglês)].
Cringely acredita que a Apple produzirá o aparelho para computação em nuvem previsto por Carr, mas que também produzirá outros aparelhos para a mesma função, a preços variados. Ele diz que a Apple seria a empresa dominante na parceria e que o Google ficaria em posição secundária.
A Apple poderia mesmo encontrar outros parceiros para fornecer serviços aos seus consumidores? E se o Google e a Apple se unissem? Alguém seria capaz de enfrentá-los?


Outros candidatos à nuvem

Um dos motivos para que a idéia da computação em nuvem esteja recebendo tanto destaque são os esforços de outras empresas, além do Google, para concretizá-la. Microsoft, Amazon e IBM estão entre as companhias que o mercado vê como propensas a oferecer sistemas de computação em nuvem.
Dois dos principais candidatos a concorrer com o Google e sua parceria com a Apple talvez venham a juntar forças. Em 1° de fevereiro de 2008, a Microsoft anunciou que faria uma oferta pelo Yahoo, o que ajudaria as duas empresas em seus esforços para derrotar o gigante das buscas [fonte: Microsoft (em inglês)]. Além de imenso poder de computação e muitos outros serviços na Web. o Yahoo ofereceria uma rede robusta de Web mail e o site de fotografia Flickr. A Microsoft entraria com o Windows Live, um processador de texto e um programa de agenda online. Com o domínio do pacote de aplicativos Office no mercado de software empresarial dos Estados Unidos, a Microsoft poderia disputar seriamente o mercado da computação em nuvem.

Outro potencial concorrente seria a Amazon.com. O grupo já é uma das maiores empresas de varejo online do mundo e tem interesses em outras áreas. O Amazon Web Services é um pacote de serviços em modelo nuvem que a empresa oferece a pequenos criadores de software que precisam de um espaço online de trabalho [fonte: Amazon.com (em inglês)]. A Amazon Elastic Compute Cloud (EC2) oferece aos usuários poder de processamento para seus trabalhos. Eles podem armazenar arquivos no Amazon Simple Storage Service (S3) e usar SimpleDB, um banco de dados, para armazenar e obter acesso rápido a arquivos menores [fonte: Claburn (em inglês)].
IBM Blue Cloud computer
Forschungszentrum Jülich/IBM
Em sua iniciativa Blue Cloud, a IBM quer ligar em rede seus grandes computadores, como este, em um centro de pesquisa em Jülich, Alemanha, a fim de criar uma poderosa nuvem
Em novembro de 2007, a IBM anunciou sua iniciativa Blue Cloud, sob a qual a empresa oferece um pacote de hardware e software que permite a seus clientes criar nuvens internas próprias [fonte: LaMonica (em inglês)]. A empresa já havia formado parceria com o Google, um mês antes, a fim de fornecer soluções em modelo nuvem para seis universidades norte-americanas. A IBM espera desenvolver o programa de forma a permitir que mais universidades, empresas e agências governamentais o adotem [fonte: Lohr].
Muitas empresas estão oferecendo hardware criado para funcionar em redes (em inglês) nuvem, entre as quais Hewlett Packard, Dell and Clear Cube. No entanto, um computador não seria necessariamente a única opção para se obter a acesso a uma rede nuvem - o usuário poderia utilizar outros aparelhos capazes de acesso à Internet, como um celular. Em janeiro de 2008, o Google apresentou lance em um leilão do governo dos Estados Unidos pela freqüência de rádio dos 700 MHz, o que permitiria que a empresa operasse um serviço de telefonia móvel [fonte: CNET News.com (em inglês)]. Caso o Google obtenha sucesso com seu lance, as portas se abririam ainda mais para a idéia de Carr. O Google argumentava que as freqüências deveriam estar abertas a acesso por toda uma gama de aparelhos e o governo atendeu a esse pedido. O espectro estará aberto a acesso assim que os lances superarem o mínimo de US$ 4,6 bilhões [fonte: Albanesius (em inglês)].
A despeito do entusiasmo de Carr, que afirmou em seu blog que esperava que a parceria Google-Apple começasse a dar frutos "dentro de meses e não anos", não houve anúncio formal de qualquer das duas empresas quanto a isso. Mas, em janeiro de 2008, a Apple anunciou um novo produto que, de muitas maneiras, assemelha-se a um aparelho para computação em nuvem.
Na feira MacWorld, em San Francisco, o presidente da Apple, Steve Jobs, revelou o aparelho mais próximo já desenvolvido de um equipamento para conexão em nuvem: o MacBook Air. O computador tem menos de 2,5 cm de espessura e Jobs tirou o modelo de exibição de um envelope comum de escritório, ao apresentá-lo. Para produzir uma máquina assim fina, os engenheiros da Apple sacrificaram o drive óptico e algumas conexões, entre as quais a de Ethernet. A bateria teve de ser incorporada de uma maneira que impede que o usuário a remova sozinho. Diferente de um computador cliente, o MacBook Air dispõe de um disco rígido, quer em formato tradicional, quer em formato solid-state [fonte: Apple (em inglês)].
Mas, por enquanto, Google e Apple não formaram parceria oficial para um aparelho de computação em nuvem - o MacBook Air não está vinculado apenas aos serviços Google de armazenagem e ao software oferecido online pela empresa.
Leia mais sobre Google, Apple, computação em nuvem e tópicos relacionados seguindo os links da próxima página.

*Fonte de pesquisa: "HowStuffWorks -Como tudo funciona"

domingo, 9 de maio de 2010

Boas vindas!!!

Olá a todos!!!

Este é mais um dos blogs voltados para a discussão de programação de computadores, para todos os que gostam, estudam e ou trabalham com o assunto.


E o nosso primeiro assunto é : "Programação em Nuvem ou Computação em Nuvem" (Cloud computing)




É a grande tendência do momento este termo “computação nas nuvens” ou “cloud computing” (em inglês). Este termo surgiu pelo fato de a computação estar mudando de rumo, hoje você não vê mais como antigamente aquela vontade imensa de comprar um super computador, hoje o que você mais precisa, e o que mais precisará futuramente, será de mobilidade, portabilidade. Com isto os “super computadores” terão os seus destinos a quem realmente os precisa, mas os usuários comuns não os precisarão mais, tudo será baseado na internet, como hoje já está sendo feito, o grande centro das atenções nos dias atuais é a internet, em alguns anos, talvez meses, você utilizará seu computador na internet, terá o espaço que precisar para guardar seus arquivos como documentos, fotos, vídeos e músicas na internet. Além disto, os softwares que você utiliza também estão na internet, como há pouco tempo a Adobe lançou o Photoshop na versão web.

Preço dos computadores cairá
Computadores terão o preço reduzido, cada vez mais o preço das máquinas cairá devido ao fato de que um computador para acessar a internet não necessita de muitos recursos, basta ter um processador simples, um pouco de memória que você estará satisfeito com o resultado, com isto, você terá mais mobilidade, pois os celulares da nova geração (3G) tem acesso à internet, e você poderá acessar os seus arquivos e documentos de qualquer lugar através da conexão a internet oferecida por seu celular.

Os sistemas operacionais
Com esta nova tendência quem ganhará força será o sistema operacional LINUX, pois com a pouca necessidade de recursos, a maior sendo um browser, fará com que grandes empresas como Microsoft comecem a ter preocupações quanto a seu futuro. Há grande necessidade de se estar conectado fará com que softwares como sistemas operacionais e outros tendam a migrar para a internet, tornando o “desktop” de sua máquina online, e assim os sistemas que estarão rodando nas máquinas sejam apenas para suportar seu browser.

Quem já está na frente?
Adivinhem quem está na frente de pesquisas sobre o assunto? Mas nem que eu me enforque eu digo (Google). (rsrsrs).
O Google já pesquisa informações sobre este novo assunto, e o que tudo indica será o promissor deste termo. Com grande capacidade de investimentos em visão ao usuário, o Google deverá ser o pioneiro a lançar serviços e utilitários na internet. Com sua grande experiência em se tratando de usuário (Orkut) o Google já disponibiliza de alguns serviços interessantes como: depósito de vídeos (YouTube), gerenciador de documentos (Google Docs.), agenda de compromissos (Google Calendar), serviço campeão de e-mails (Gmail), serviço de mapas (Google Maps), Blogs (Blogger), entre outros serviços.
Para você ter noção do avanço do Google, saiu em matéria no Jornal da Globo (06/05) que o Google compra cerca de uma empresa por semana, a última aquisição foi a Doubleclick, pra ampliar as vendas de publicidade, o que, por enquanto, é a maior fonte de renda do Google.

Custo da internet
Com este grande avanço o que se espera é que o custo da internet baixe devido ao fato de massas necessitarem de acesso. É claro que aqui no Brasil ainda teremos que pagar por acesso a internet, por uns bons anos, possivelmente para sempre, mas isto não é problema, o problema será se o Brasil terá capacidade para suportar quase toda a população conectada simultaneamente.